terça-feira, junho 07, 2005

Muda de vida...

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar

Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será de ti ou pensas que tens...que ser assim?...

Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar



by António Variações

terça-feira, maio 31, 2005

Fico assim sem você - Adriana Calcanhoto

Avião sem asa, fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola. Piu-Piu sem Frajola
Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim

Amor sem beijinho,
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço, namoro sem amasso
Sou eu assim sem você
To louca pra te ver chegar
To louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço, retomar o pedaço
Que falta no meu coração

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo Porque? Porque?

Neném sem chupeta, Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada, queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo


Porque hoje é o aniversário de uma pessoa muito especial, esta música é para ele... Amo-te João! *Parabéns!*

segunda-feira, maio 30, 2005

Ten things I hate about you

I hate the way you talk to me, and the
way you cut your hair
I hate the way you drive my car
I hate it when you stare.

I hate your big dumb combat boots, and
the way you read my mind
I hate you so much it makes me sick it even makes me rhyme.

I hate the way you're always right
I hate it when you lie
I hate it when you make me laugh
even worse when you make me cry
I hate it that you're not around
and the fact that you didn't call

But mostly I hate the way I don ' t hate you
not even close, not even a little bit, not even any at all...

segunda-feira, maio 23, 2005

A Noite e o Dia...

Uma lenda chinesa conta a história de dois amantes que jamais conseguiram juntar-se. Chamam-se eles a Noite e o Dia. Nas horas mágicas do entardecer e do amanhecer, os amantes tocam um no outro e estão prestes a unir-se, coisa que nunca acontece. Dizem que, se prestarmos atenção, poderemos ouvir os seus lamentos e ver o céu tingir-se de vermelho pela raiva que ambos sentem. A lenda afirma que so deuses acharam por bem conceder-lhes alguns momentos de felicidade e por isso criaram os eclipses, durante os quais os dois amantes conseguem juntar-se e fazer amor...
Tu e eu esperamos pelo nosso eclipse. agora que percebemos que nunca mais voltaremos a encontrarmo-nos, que estamos condenados a viver separadamente, que somos a noite e o dia...


in Quatro Amigos de David Trueba

sábado, maio 14, 2005

Nalgum lugar perdido...


Olhar-te um pouco
Enquanto acaba a noite
Enquanto ainda nenhum gesto te magoa
E o mundo for aquilo que sonhares
Nesse lugar só teu

Olhar-te um pouco
Como se fosse sempre
Até ao fim do tempo, até amanhecer
E a luz deixar entrar o mundo inteiro
E o sonho se esconder

Nalgum lugar perdido
Vou procurar sempre por ti
Há sempre no escuro um brilho
Um luar
Nalgum lugar esquecido
Eu vou esperar sempre por ti

Enquanto dormes
Por um momento à noite
É um tempo ausente que te deixa demorar
Sem guerras nem batalhas pra vencer
Nem dias pra rasgar

Eu fico um pouco
Por dentro dos desejos
Por mil caminhos que são mastros e horizontes
Tão livres como estrelas sobre os mares
E atalhos pelos montes

Nalgum lugar perdido
Vou procurar sempre por ti
Há sempre no escuro um brilho
Um luar
Nalgum lugar esquecido
Eu vou esperar sempre por ti
Como hoje vou ver pela primeira vez Mafalda Veiga ao vivo aqui fica uma das suas musicas mais bonitas...

segunda-feira, maio 09, 2005

Carregar pianos...

Carregar pianos. Escada acima, quatro andares sem elevador. As costas doem, os braços tremem, as curvas na escada são uma equação impossível de resolver, tudo é difícl, tudo é esforço, tudo é inglório. E o amor transforma-se numa luta, num sacrifício, somos mártires da nossa loucura, flagelados pela nossa obstinação e teimosia. E o pior é que, quando chegamos ao fim da batalha e o piano está lá em cima, não era naquela sala, nem naquela casa, nem era aquela pessoa.
Carregar pianos. para quê se quase todos trazem rodinhas? Não é desistir, é só mudar de vida e esperar que ela nos traga o que mais precisamos, sem partir as costas nem torcer os braços. E geralmente até traz...


Na vida não tem sentido gastar-se o tempo em coisas que não são realmente aquilo que queremos, aquilo que nos faz feliz...

Artista de circo II

E no instante perfeito em que te vejo do outro lado das alturas a piscar-me o olho e a chamar-me gorda má com aquele meio sorriso irónico que tão bem conheço - nunca fui gorda nem soube ser má - e um braço estendido enquanto o outro se agarra à corda, fecho os olhos e salto pelo ar, atravesso o tecto da tenda, lá em baixo as avós rezam e as crianças abrem a boca de espanto, e nunca sei se me agarras no último instante possível e me convences que afinal a vida não são só portas condenadas que o tempo também serve para abrir, ou se me deixas cair devagar como fazemos com aqueles que amamos com medo de não ter nada para lhes dar...

quarta-feira, maio 04, 2005

Queria viver...



Queria leite e deram-me um biberon
Queria pais e deram-me um brinquedo
Queria falar e deram-me um livro
Queria aprender e deram-me apenas apontamentos
Queria pensar e deram-me saber
Queria uma visão profunda das coisas e deram-me vagas ideias
Queria ser livre e deram-me disciplina
Queria amar e deram-me moral

Queria uma profissão e deram-me um emprego
Queria felicidade e deram-me dinheiro
Queria liberdade e deram-me um automóvel
Queria uma vida com sentido e deram-me uma carreira
Queria esperança e deram-me medo
Queria mudar e deram-me compaixão
Queria viver...

Li este poema numa agenda e foi escrito por um rapaz da minha idade... Espero q gostem tanto como eu...

sexta-feira, abril 29, 2005

Bons momentos...


Rir até a cara doer
Um duche quente
Um olhar especial
Receber um e-mail pessoal
Andar numa estrada bonita
Ouvir a tua canção favorita na rádio
Estar deitado a ouvir a chuva lá fora
Toalhas quentes acabadas de sair do secador
Encontrar as calças que queres por metade do preço
Batido de chocolate
Uma chamada de longa distância
Um banho de espuma
Ver crianças a brincar
Uma boa conversa
A praia
Encontrar 5 euros do último inverno no bolso do casaco
Rir de ti próprio
Chamadas de meia-noite que duram horas
Correr entre repuxos
Rir sem nenhuma razão
Alguém dizer-te que és gira
Rir de uma piada tua
Ouvir acidentalmente alguém elogiar-te
Acordar e ainda ter umas horas para dormir
Fazer novos ou estar com velhos amigos
Alguém brincar com o teu cabelo
Sonhos cor-de-rosa
Chocolate quente
O arco-íris
Andar de baloiço
Trocar olhares com um(a) estranho(a) giro(a)
Fazer bolos
Ver o sorriso e ouvir as gargalhadas dos teus amigos
Agarrar a mão de alguém de quem gostas
Ver um casal de velhotes de mãos dadas
Estar com um velho amigo e notar que certas coisas (boas ou más) nunca mudam
Ver o nascer do sol...
Dar um longo abraço a um amigo que regressou de uma longa viagem
Beijos e abraços
Saber que alguém nos ama
Amar alguém...

Recebi este mail há uns meses e guardei-o pq acho q descreve pequenos momentos q passam discretamente mas q nos fazem felizes...

terça-feira, abril 26, 2005

Artista de circo

A vida são portas condenadas.
Portas que passamos, pensando que, ao as abrirmos, vamos descobrindo o mundo e arrumando o caos interno, mas afinal percebemos que à medida que os anos passam, elas se vão fechando uma a uma, nas nossas costas ou na nossa cara, batendo com uma veemência esmagadora que nos deixa de braços estendidos ao longo do corpo e a perguntar em surdina porquê.
A vida são portas condenadas, primeiro fecha-se a porta da infância, dos bolinhos de lama para o lanche das bonecas, tiram-nos as rodinhas das bicicletas e dizem-nos
és capaz, tu já és capaz
a partir daí a vida estreita-se num arame cada vez mais fino e ténue e é então que vamos percebendo que viver não é mais do que um precário equilíbrio, uma travessia solitária pelo arame traiçoeiro que nos há-de levar a um lado qualquer que é sempre do outro lado, onde está tudo aquilo que nos convencem que queremos ou que simplesmente escolhemos como objectivo para alcançar uma coisa qualquer a que gostamos de chamar tranquilidade...
A vida tb há-de ter mts janelas abertas mas mm assim adoro este excerto da Margarida Rebelo Pinto.

Gente perdida...

Eu fui devagarinho
Com medo de falhar
Não fosse esse o caminho certo
Para te encontrar
Fui descobrindo devagar
Cada sorriso teu
Fui aprendendo a procurar
Por entre sonhos meus
Eu fui assim chegando
Sem entender porquê
Já foram tantas vezes tantas
Assim como esta vez
Mas é mais fundo o teu olhar
Mais do que eu sei dizer
É um abrigo pra voltar
Ou um mar para me perder
Lá fora o vento
Nem sempre sabe a liberdade
A gente finge
Mas sabe o que não é verdade
Foge ao vazio
Enquanto brinda, dança e salta
Eu trago-te comigo
E sinto tanto, tanto a tua falta
Eu fui entrando pouco a pouco
Abri a porta e vi
Que havia lume aceso
E um lugar pra mim
Quase me assusta descobrir
Que foi este sabor
Que a vida inteira procurei
Entre a paixão e a dor...

(Quis começar com esta música pq a acho linda...)