domingo, agosto 31, 2008

Cabaret



Estávamos em Junho de 2001 e pela 2ª vez ia actuar no Teatro Maria Matos na peça de teatro da Escola e também ia cantar por causa do concurso de música organizado pela Escola. Mas este ano iria subir ao palco uma 3ª vez por causa de um outro espectáculo organizado fora da Escola: encenar partes de um famoso filme com a Liza Minelli em que iriamos dançar sapateado e actuar! O filme era o Cabaret!
O espectáculo estava especialmente bem concebido. A coreografia a roçar o limite do aceitável para miúdas de 15-18 anos que estavam ali a fazer de prostitutas, cada cena tinha um fato diferente igualmente bem feito por costureiras de profissão, os cabelos cuidadosamente arranjados segundo a moda dos anos 30 e ao som das chapas dos sapatos lá fomos dançando por entre aplausos...
Estamos em Setembro de 2008 e em todos os cartazes se diz que vai estrear o Cabaret pela primeira vez no Teatro Maria Matos... Sorrio, pergunto-me se quem lá esteve (maioritariamente miúdos e as suas famílias) se recordará desse dia... Sei que há 7 anos atrás apesar de toda a dedicação o espectáculo não poderia superar este, mas estou curiosa para o ver. Assim como no ano passado escolhi o Cabaret entre a extensa lista de opções de musicais nos teatros de Londres e não fiquei desapontada.

terça-feira, agosto 12, 2008

Isto é um jogo, é é um bocadinho arrancado da vida, que é um jogo muito maior. A mim, que me fico pela bisca e pela batalha naval, falham-se-me por isso as analogias. A memória curta não me faz adversária decente e a distracção congénita que me governa os gestos dissolve-me a acutilância e o atino, necessários à função. Perco até a feijões, excepto quando a sorte me golpeia e eu nem sequer me mexi, e não me é difícil imaginar que, neste preciso momento em que me lês, eu descarte várias boas jogadas, daquelas de mão cheia. Mas a vontade de espalhar pelo tampo da mesa as cartas escondidas, à bruta e à estúpida, tenta-me quase tanto quanto a batota. Imagino-te um bluff excelente e eu, uma principiante dispersa, nestes esquemas do desprezo calculado. Se nada te digo, é porque nada tenho para te dizer: não pago para ver, não me lembro que cartas já saíram e não sei quanto valem as que tenho na mão (não me fui ensinada das regras). Por hábito, ignoro o número dos meus oponentes e subestimo-os na sua determinação mais que certa. Tanto rodeio, apenas, para te dizer que te sei aí desse lado, a rondares-me a inépcia perdedora.
umamoratrevido.blogspot.com