sexta-feira, abril 29, 2005

Bons momentos...


Rir até a cara doer
Um duche quente
Um olhar especial
Receber um e-mail pessoal
Andar numa estrada bonita
Ouvir a tua canção favorita na rádio
Estar deitado a ouvir a chuva lá fora
Toalhas quentes acabadas de sair do secador
Encontrar as calças que queres por metade do preço
Batido de chocolate
Uma chamada de longa distância
Um banho de espuma
Ver crianças a brincar
Uma boa conversa
A praia
Encontrar 5 euros do último inverno no bolso do casaco
Rir de ti próprio
Chamadas de meia-noite que duram horas
Correr entre repuxos
Rir sem nenhuma razão
Alguém dizer-te que és gira
Rir de uma piada tua
Ouvir acidentalmente alguém elogiar-te
Acordar e ainda ter umas horas para dormir
Fazer novos ou estar com velhos amigos
Alguém brincar com o teu cabelo
Sonhos cor-de-rosa
Chocolate quente
O arco-íris
Andar de baloiço
Trocar olhares com um(a) estranho(a) giro(a)
Fazer bolos
Ver o sorriso e ouvir as gargalhadas dos teus amigos
Agarrar a mão de alguém de quem gostas
Ver um casal de velhotes de mãos dadas
Estar com um velho amigo e notar que certas coisas (boas ou más) nunca mudam
Ver o nascer do sol...
Dar um longo abraço a um amigo que regressou de uma longa viagem
Beijos e abraços
Saber que alguém nos ama
Amar alguém...

Recebi este mail há uns meses e guardei-o pq acho q descreve pequenos momentos q passam discretamente mas q nos fazem felizes...

terça-feira, abril 26, 2005

Artista de circo

A vida são portas condenadas.
Portas que passamos, pensando que, ao as abrirmos, vamos descobrindo o mundo e arrumando o caos interno, mas afinal percebemos que à medida que os anos passam, elas se vão fechando uma a uma, nas nossas costas ou na nossa cara, batendo com uma veemência esmagadora que nos deixa de braços estendidos ao longo do corpo e a perguntar em surdina porquê.
A vida são portas condenadas, primeiro fecha-se a porta da infância, dos bolinhos de lama para o lanche das bonecas, tiram-nos as rodinhas das bicicletas e dizem-nos
és capaz, tu já és capaz
a partir daí a vida estreita-se num arame cada vez mais fino e ténue e é então que vamos percebendo que viver não é mais do que um precário equilíbrio, uma travessia solitária pelo arame traiçoeiro que nos há-de levar a um lado qualquer que é sempre do outro lado, onde está tudo aquilo que nos convencem que queremos ou que simplesmente escolhemos como objectivo para alcançar uma coisa qualquer a que gostamos de chamar tranquilidade...
A vida tb há-de ter mts janelas abertas mas mm assim adoro este excerto da Margarida Rebelo Pinto.

Gente perdida...

Eu fui devagarinho
Com medo de falhar
Não fosse esse o caminho certo
Para te encontrar
Fui descobrindo devagar
Cada sorriso teu
Fui aprendendo a procurar
Por entre sonhos meus
Eu fui assim chegando
Sem entender porquê
Já foram tantas vezes tantas
Assim como esta vez
Mas é mais fundo o teu olhar
Mais do que eu sei dizer
É um abrigo pra voltar
Ou um mar para me perder
Lá fora o vento
Nem sempre sabe a liberdade
A gente finge
Mas sabe o que não é verdade
Foge ao vazio
Enquanto brinda, dança e salta
Eu trago-te comigo
E sinto tanto, tanto a tua falta
Eu fui entrando pouco a pouco
Abri a porta e vi
Que havia lume aceso
E um lugar pra mim
Quase me assusta descobrir
Que foi este sabor
Que a vida inteira procurei
Entre a paixão e a dor...

(Quis começar com esta música pq a acho linda...)