Fins aviat Barcelona...!!

Como explicar estes dias de volta à nossa cidade..? Pela primeira vez chego a Barcelona com o único objectivo de disfrutar, de saborear, de aproveitar sem pressas todos os lugares, todos os recantos, cheiros, sabores, sons e imagens que se deparam enquanto vou passando...

Ponto de partida: sempre a Gràcia! Descemos a Verdi certificando-nos que as lojinhas continuam lá e os restaurantes e bares são os mesmos, espreitamos as novidades do cartaz de cinema e quando chegamos à Plaça de la Revolució sabemos que nada mudou quando grupos de míudos correm por nós, enquanto pessoas a pé ou de bicicleta, sentados nos bancos ou no chão, nos mostram porque é este o nosso bairro preferido!

De noite, os restaurantes têm filas à porta e os bares estão cheios, entramos na Casa Portuguesa e somos reconhecidas tendo sido notada a nossa ausência. Enquanto esperamos por mesa passamos pela Plaça del Sol e pela Rius i Taulet recordando as últimas tardes e noites quentes aí passadas...

Já tarde deixamos a Gràcia e vamos até ao centro... Reina a confusão habitual de uma sexta-feira à noite, entramos num bar onde passámos várias noites. Sente-se o ambiente internacional mas desta vez as personagens são outras..!

Seguiram-se dias de mais Gràcia, das suas lojas e das outras no Bairro Gótico e no Born, de exposições no Raval, do Passeig de Gràcia para cima e para baixo... Desde as tapas ao kebab lembrámos todos os novos sabores que conhecemos e nos acompanharam durante um ano, nas escadas da Catedral ou da Santa Maria del Mar vimos passar turistas e catalães, e andámos, andámos, andámos...

Foi como rever um velho amigo... Sentir que apesar de alguns traços físicos diferentes, a cumplicidade que nos uniu no passado ainda se mantém e reconhecer que o tempo não alterou em nada a ligação que estabelecemos antes...

Foi uma sensação nova esta que senti estes dias e que ainda não consigo traduzir totalmente por palavras... Sei que parte de mim ficará para sempre em Barcelona passe o tempo que passar e os novos lugares que virão, hei-de querer sempre voltar...